O 1º MISTER KWANZA-SUL BY TUSSOLE FASHION

Perfil                                                    

Nome Helton Carlos Gonçalves de Paiva

Data de nascimento 30 de Maio de 1987

Localidade Município 
da Sela, Wako Kungo

Pai Francisco Maria de Paiva

Mãe Constância Gonçalves

Desporto Basquetebol e judo

Clube 1.º de Agosto

Tempos livres Estar com a família, jogar basquetebol


Prato preferido Não tenho


Bebida Água e sumos naturais 



Lugar Estado da Califórnia (EUA)

Foi por acaso que Helton de Paiva tomou conhecimento da realização de um casting, na cidade do Sumbe, para o concurso de Mister Kwanza Sul 2010. Aconteceu num dia em que se deslocou com amigos do Wako Kungo, cidade em que reside actualmente, para uma partida de basquetebol na capital da província.

Contactado pela agência Tussole Fashion, organizadora do evento, demonstrou os atributos que o levariam ao primeiro lugar: jovem na flor da idade, com 23 anos, 1 metro e 83 centímetros de altura, boa estrutura física e, acima de tudo, beleza associada à retórica.

“O período de preparação foi muito duro porque tinha sempre que fazer o triângulo Luanda, Wako Kungo, Sumbe. Era muito cansativo. Praticamente não tinha tempo para estar parado num sítio e fazer a minha preparação física e psicológica. Mas fui tentando conciliar todas as actividades, pouco a pouco”.

O jovem conta que as coisas tornaram-se ainda mais complicadas quando o seu pai teve de ser internado por razões de saúde, duas semanas antes do concurso. Tinha a missão de ficar ao lado do progenitor. Chegou 
a pensar que não fosse possível participar.

Contudo, a última semana foi decisiva. Helton e os restantes finalistas foram chamados pela organização para a fase derradeira da preparação, tendo sido inscritos num ginásio local, onde tiveram orientação de um preparador físico.

“Fiz quase todo o trabalho num espaço de poucos dias. Mas, felizmente, tudo correu bem e acabei eleito como o primeiro Mister a nível ddo Kwanza Sul. Agora espero representar condignamente a província no Mister Angola”.

SONDADO PELA CUNHADA

Helton confessa que o mundo da moda é estranho para si, apesar de que já tem estado envolvido em alguns desfiles, realizados na escola em que frequentara o ensino médio. Paralelamente a isso, o jovem era constantemente incentivado pela sua cunhada a apostar na carreira de modelo. “Ela dizia-me sempre que eu tinha perfil para as passereles e aconselhava-me a procurar uma agência de moda; mas eu nunca tinha levado isso a sério, porque não via em mim tais qualidades”.

Entretanto, conta, e aos poucos foi gostando da ideia e por isso passou a cuidar um pouco mais do seu físico.

Helton tem agora que decidir se quer mesmo ser um ícone da moda ou não. Em princípio, tem um contrato de dois anos com a Tussole para desfilar em eventos organizados pela agência 
ou em que ele participe.

A opinião dos seus familiares irá certamente influenciar a sua decisão. Para já, conta com o apoio da mãe que desde o início o encorajou a participar no concurso, assim como a sua namorada que se deslocou de Luanda, de propósito, para vê-lo ganhar o concurso. Quanto ao pai, este prefere que Helton se preocupe mais em arranjar um “emprego de verdade”.

“Graças a Deus, fiz alguns contactos para trabalhar, 
e fui chamado para uma entrevista que farei em breve. Espero que corra bem”.

A par da carreira que vier a seguir nos próximos tempos, Helton pretende dar continuidade aos estudos, ingressando no ensino superior. Após ter terminado o curso médio de Ciências Humanas, o seu sonho é formar-se em Electromedicina ou Sociologia.

APAIXONADO 
PELO BASQUETEBOL

Antes de se dar a conhecer ao mundo da moda, Helton de Paiva já era um apaixonado pelo basquetebol. O seu metro e 83 centímetros de altura são também resultado da prática desta modalidade desportiva que vem seguindo desde a infância.

Helton e um grupo de jovens do Wako Kungo formaram uma equipa, e estão a envidar esforços para que a mesma seja reconhecida oficialmente pelas entidades desportivas locais.

“Já estive inclusive na Federação Angolana de Basquetebol, mas o secretário da mesma disse-me que a nossa equipa tem de estar primeiro reconhecida a nível local, nomeadamente junto da direcção municipal dos Desportos e da Administração, mas até agora estas entidades não se predispuseram a trabalhar nesse sentido”.

Enquanto isso, Helton e os seus colegas de equipa vão praticando a modalidade em campeonatos organizados por eles mesmos, nos quais participam também equipas de outros municípios.

“Uma das minhas apostas enquanto Mister Kwanza Sul será massificar o desporto na região em que estou inserido, sobretudo o basquetebol, e fazer com que a nossa equipa seja legalizada”.

TRABALHAR EM AMBIENTE SALUTAR

Apesar de terem passado pouco tempo juntos, Helton refere que a sua relação com os restantes candidatos ao Mister Kwanza Sul foi bastante salutar e divertida.

“Trabalhámos num ambiente de muita descontracção. Divertíamo-nos muito, brincávamos e tentávamos apontar os possíveis vencedores e os perdedores. Foi uma experiência muito agradável; já estou com saudade deles”.

Helton refere que começou a sentir a diferença entre ser uma pessoa anónima e ser o Mister Kwanza Sul logo nos primeiros momentos após a sua eleição.

“A partir daí começou a correria, com muitas entrevistas e telefonemas que até agora não pararam”.

O vencedor do primeiro concurso de Mister no Kwanza Sul elogiou o empenho da Tussole Fashion na organização do evento, lamentando a falta de apoios de outras instituições que resultaram na fraca qualidade dos prémios atribuídos a si e aos restantes candidatos classificados nas posições seguintes.

fonte: JORNAL O PAIS BY REVISTA VIDA